Luisa Sigaran, ativista dos direitos dos animais, impactada pelo grande sofrimento dos animais resgatados das enchentes.
Luisa trabalha no resgate de animais no Rio Grande do Sul. Foto: Reprodução/Instagram:@luisasigaran. Na região, os efeitos da inundação não prejudicaram somente os habitantes, mas também geraram grande angústia para os animais. Vários deles foram abandonados em vias públicas e residências, enquanto alguns permaneceram retidos com seus tutores, esperando pelo resgate.
É essencial a mobilização da comunidade para garantir o resgate de todos os seres em situação de perigo. O apoio mútuo e o espírito solidário são fundamentais para proporcionar auxílio imediato aos animais necessitados. Luisa e sua equipe estão empenhadas em promover o salvamento dos bichinhos desamparados, contando com a colaboração de voluntários e doações para ampliar a capacidade de socorro.
Resgate de animais durante enchente mobiliza ativista dos direitos dos animais
Inscreva-se no canal do Terra Para ajudá-los, a ativista dos direitos dos animais Luisa Sigaran se juntou a outros voluntários para realizar resgates. Durante 22 dias de trabalho, ela perdeu a conta de quantos cães, gatos, cavalos, porcos, bois e galinhas ajudou a salvar das águas. Nível do Guaíba permanece acima dos 4 metros neste sábado ‘Chuva tem se intensificado em Porto Alegre além do que os modelos previam’, diz prefeitura. Pet shop deixou animais morrerem no subsolo e salvou computadores de enchente, diz delegada. No início, a demanda estava voltada quase exclusivamente aos humanos. E foram várias as situações onde as pessoas não levaram os pets, seja por abandono mesmo, por serem impedidas de colocá-los nos barcos ou por não conseguirem retornar depois às casas e buscar, relatou ao Globo Rural. Os resgates foram realizados com base em uma escala de prioridade, começando por cães e gatos. Depois, a atenção foi direcionada para animais de grande porte. Devido à demora, Luisa encontrou muitos animais já debilitados pela falta de alimento e pelo frio. Um dos resgates mais desafiadores envolveu um cavalo que ficou amarrado em cima de um caminhão por 10 dias em Eldorado do Sul. Quando o encontraram, ele estava tremendo e comendo plástico. ‘Não sabemos como ele chegou nessa situação. Provavelmente, o tutor colocou ali em uma tentativa de dar alguma chance, mas ele ficou ilhado. Aquele local se transformou em uma região de correnteza, e tivemos que organizar uma estratégia para resgatá-lo, o que aconteceu só no dia seguinte’, explicou. Com a ajuda de outros voluntários, a equipe conseguiu resgatar o cavalo no dia 10 de maio e levá-lo para a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mas ele morreu poucas horas depois. ‘Estava muito debilitado e sofreu demais’, lamentou Luisa. Ao contrário do cavalo, que infelizmente não sobreviveu, Luisa e outros voluntários conseguiram salvar porcos e galinhas das inundações. Em uma das operações, ela recebeu um pedido para resgatar 50 porcos no bairro Mathias Velho, em Canoas. No entanto, só conseguiu levar uma porca desnutrida e dois filhotes, pois o tutor não permitiu que levassem todos. Os três porcos foram inicialmente levados à Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) e, depois de se recuperarem, serão encaminhados ao santuário Voz Animal. ‘Tivemos muitas situações de falecimento. A cada dia que passava, nos deparamos com cenas assim. Um dia, resgatei um cachorro ilhado em cima de um cavalo morto, uma cena impactante e chocante de sofrimento animal. Acho que a causa animal ficou bem abandonada. Se tivesse um preparo público, o cenário teria sido outro’, desabafou à Globo. Em um dos resgates de galinhas, algumas foram encontradas no telhado de uma casa. Enquanto resgatava várias aves, Luisa também encontrou muitas já mortas. ‘A gente coloca o barco perto e sobe para fazer o resgate’, explicou. De acordo com o Governo do Rio Grande do Sul, mais de 12 mil animais foram resgatados durante as fortes chuvas que causaram enchentes na região.
Fonte: @ Terra
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