María Luíza Ávila, da Associação Latinoamericana de Infectologia Pediátrica, destaca a necessidade de vacinação contra gripe para proteção contra o vírus Influenza e possíveis complicações cardiovasculares.
A imunização contra o vírus Influenza é crucial para prevenir a gripe e, de forma secundária, ajudar na proteção contra infartos e AVC. Estudos mostram que a infecção pelo Influenza pode desencadear reações inflamatórias que contribuem para o aumento do risco de eventos cardiovasculares, como o infarto. Portanto, manter a vacinação em dia não só protege contra a gripe, mas também auxilia na redução das chances de complicações cardíacas e cerebrovasculares, como o AVC.
Além de prevenir a gripe, a vacinação contra o Influenza pode ser um importante aliado na redução do risco de ataques cardíacos e AVC. A inflamação causada pela infecção viral pode desencadear processos que contribuem para o desenvolvimento dessas condições graves. Portanto, ao receber a vacina anualmente, você não só se protege contra a gripe, mas também fortalece a saúde do seu coração e do seu cérebro, reduzindo as chances de complicações como infartos e acidentes vasculares cerebrais.
Infarto e AVC: Conexão entre Vírus Influenza e Streptococcus Pneumoniae
Se a pessoa com o sistema imunológico fragilizado entra em contato com a bactéria Streptococcus pneumoniae (pneumococo), a combinação desses dois agentes (vírus e bactéria) pode desencadear problemas cardiovasculares. Segundo a médica María Luíza Ávila-Aguero, presidente da Associação Latinoamericana de Infectologia Pediátrica (SLIPE), durante o Seminário Latinoamericano de Vacinas para Meios de Comunicação em Buenos Aires (Argentina), realizado nos dias 17 e 18 de abril, o vírus da Influenza não se restringe a questões respiratórias. São associações que pesquisas têm evidenciado.
A inflamação causada pelo vírus contribui para a formação de placas de ateroma nas artérias. Essas placas são compostas por depósitos de gordura, principalmente de colesterol, e podem obstruir parcial ou totalmente o fluxo sanguíneo. A formação das placas de ateroma não está ligada apenas à alimentação ou aos níveis de colesterol. Durante processos inflamatórios, essas placas tendem a se desenvolver, sendo que infecções respiratórias podem agravar o quadro.
A infecção pode atuar como um gatilho para complicações, particularmente em adultos com quadros graves de gripe. A infectologista alerta que, embora a exposição a vírus e a inflamação do corpo sejam comuns, em determinados momentos, o sistema imunológico pode falhar, favorecendo o surgimento de infecções. Adultos hospitalizados por um problema de saúde específico podem acabar enfrentando outras complicações, resultando, infelizmente, em óbito.
Entendendo os Riscos: Ataque Cardíaco e Acidente Vascular Cerebral
O acidente vascular cerebral, também conhecido como AVC ou derrame cerebral, refere-se à interrupção do fluxo sanguíneo em uma área do cérebro. As causas podem variar, incluindo acúmulo de placas de gordura, formação de coágulos (AVC isquêmico), sangramento devido à pressão arterial elevada e ruptura de um aneurisma (AVC hemorrágico).
Os sintomas de um AVC isquêmico e hemorrágico são semelhantes e incluem dor de cabeça intensa, fraqueza ou dormência em uma parte do corpo, paralisia e perda súbita da fala. Embora não haja cura para o derrame cerebral, muitos casos podem ser prevenidos. Investir em tratamentos para melhorar o quadro e em reabilitação pode reduzir o risco de sequelas.
Normalmente, o AVC afeta pessoas com mais de 50 anos, porém, também pode ocorrer em indivíduos mais jovens. É crucial estar atento aos sinais, adotar medidas preventivas, como manter a saúde cardiovascular em dia e buscar atendimento médico ao primeiro sinal de alerta relacionado a infarto e AVC.
Fonte: @ Metropoles
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