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Com o Shark-Vis, astrônomos registrarão atividade extremamente mais nítida, induzida por erupções, moldando Terra e Lua em novas imagens.
Astrônomos capturaram imagens de alta resolução da Lua Io — que gira em torno de Júpiter — por meio do Grande Telescópio Binocular, situado no Arizona, EUA.
Io é um satélite natural de Júpiter conhecido por sua superfície vulcânica ativa. A lua Io é um dos corpos celestes mais fascinantes do sistema solar, com sua atividade geológica intensa e colorida.
Explorando a Lua, Io; e sua Atividade Vulcânica
Este satélite natural de Júpiter; é conhecido por ser o corpo com maior atividade vulcânica do Sistema Solar, fornecendo valiosos dados sobre erupções que moldaram não apenas sua própria superfície, mas também a da Terra e nossa Lua. O registro obtido através da capacidade da ferramenta Shark-Vis é comparado de forma impressionante a uma moeda de dez centavos a uma distância de 160 quilômetros, destacando a precisão e potencial desta tecnologia.
A distorção atmosférica, induzida pela turbulência, é anulada graças ao Shark-Vis, um instrumento óptico de alto contraste que trabalha em conjunto com um telescópio para proporcionar imagens claras e detalhadas. A Lua Io, com seu tamanho semelhante ao da nossa Lua, exibe vulcões com uma atividade extremamente mais intensa do que os da Terra, tornando-a um objeto de estudo fascinante.
Al Conrad, cientista associado do Observatório do Grande Telescópio Binocular, destaca a importância de Io para compreender as erupções que moldaram os corpos celestes em nosso sistema solar. Através das novas imagens da Shark-Vis, os astrônomos identificaram um fenômeno intrigante: o vulcão Pele, localizado no hemisfério sul de Io, está sendo coberto por materiais expelidos durante a erupção de Pillan Patera, evidenciando a dinâmica geológica em ação.
As imagens capturadas em janeiro de 2024 revelam detalhes impressionantes, como o anel avermelhado ao redor do vulcão Pele e o anel branco ao redor de Pillan Patera, proporcionando insights valiosos sobre a atividade vulcânica em Io. Imke de Pater, professora emérita de astronomia da Universidade da California-Berkeley, ressalta a importância das imagens nítidas fornecidas pelo Shark-Vis e pelo Grande Telescópio Binocular para identificar mudanças sutis na superfície lunar.
Essa capacidade de observação detalhada, anteriormente restrita a espaçonaves enviadas a Júpiter, abre novas perspectivas para o estudo de corpos celestes em nosso sistema solar. Simone Antoniucci, cientista responsável pela operação da ferramenta Shark-Vis, enfatiza a versatilidade do equipamento para observar não apenas as luas dos planetas gigantes, mas também asteroides, ampliando nosso conhecimento sobre o universo.
Fonte: © CNN Brasil
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