Revogação de prisão preventiva foi determinada pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, na Operação Disclosure.
A Justiça do Rio de Janeiro cancelou a detenção da ex-diretora da Americanas Anna Christina Ramos Saicali, responsável pela gestão da B2W, braço de comércio digital do conglomerado e que estava em fuga. A revogação da prisão está condicionada ao cumprimento, por parte de Saicali, de certas exigências estabelecidas pelo Juízo.
As autoridades do Judiciário carioca decidiram liberar a ex-diretora da Americanas Anna Christina Ramos Saicali, que estava foragida e comandava a B2W, braço de varejo digital do grupo. O magistrado responsável estabeleceu condições específicas para a revogação da prisão, as quais devem ser atendidas por Saicali para garantir sua liberdade.
Justiça: Revogação de Prisão Preventiva e Medida Cautelar de Proibição
Ela, junto com o ex-CEO da Americanas Miguel Gutierrez, estava sob mandado de prisão preventiva na ‘Operação Disclosure’, deflagrada recentemente pela Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal (MPF-RJ). A ação visa esclarecer a suposta participação dos ex-diretores do grupo de varejo em fraudes contábeis. A revogação foi determinada pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, de onde partiram os mandados de prisão preventiva durante a operação.
Na mesma data da operação, a PF mencionou que os alvos dos mandados de prisão estavam no exterior e seus nomes foram incluídos na lista de Difusão Vermelha da Interpol. O juiz Márcio Muniz da Silva Carvalho, da 10ª Vara Federal Criminal, substituiu a prisão preventiva de Saicali por ‘medida cautelar de proibição de ausentar-se do país’, com condições específicas a serem cumpridas.
As condições determinadas pelo magistrado incluem a apresentação às autoridades portuguesas em Lisboa em 30/06/2024 e a entrega do passaporte às autoridades brasileiras ao retornar. Ele esclareceu que não procede a alegação de que ela seria ‘presa e libertada’ em seguida. Na verdade, Saicali deve apenas se apresentar em Lisboa, sem ser detida, algemada ou constrangida, acompanhada pelas autoridades policiais até seu embarque de volta ao Brasil.
O magistrado informou que a Polícia Federal deve comunicar à Justiça do Rio sobre a presença de Saicali em Lisboa, prosseguindo com os trâmites para revogar o mandado de prisão e informar a Interpol sobre a revogação da prisão preventiva, solicitando a remoção do nome de Saicali da lista de Difusão Vermelha. A defesa de Saicali apresentou documentos garantindo seu retorno ao Brasil, com passagem marcada para 26 de junho, posteriormente remarcada para 05 de julho, um dia após a ‘Operação Disclosure’. O magistrado ressaltou que a presunção de fuga poderia ser desfeita com a apresentação de documentos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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