Estudo global revela que 40% das pessoas sofrem com distúrbios do sono, tendo de uma a três noites de sono de qualidade por semana.
Você já parou para pensar como anda a qualidade do seu sono? De acordo com um estudo realizado em 17 países, incluindo o Brasil, a ansiedade tem sido responsável por noites mal dormidas para muitas pessoas. Essa sensação de nervosismo pode prejudicar não apenas a quantidade, mas também a qualidade do repouso noturno.
A inquietação causada pela ansiedade pode impactar diretamente na saúde física e mental, afetando o bem-estar geral. Por isso, é importante buscar estratégias para lidar com esses sentimentos e promover um sono mais tranquilo. Estar atento aos sinais do corpo e praticar técnicas de relaxamento podem ser medidas eficazes para combater a falta de sono. Lembre-se: a qualidade do seu descanso é fundamental para uma vida equilibrada.
Ansiedade e Distúrbios do Sono
O levantamento foi conduzido pela ResMed, companhia de saúde digital e dispositivos médicos para tratamento de pessoas com distúrbios do sono e doenças crônicas, com 36.000 participantes de diversos países, como Austrália, Brasil, França, Alemanha, Índia, Japão, Coreia do Sul, México, Nova Zelândia, Tailândia, Reino Unido e Estados Unidos entre os meses de dezembro de 2023 e janeiro deste ano. O estudo revela que 40% dos entrevistados experimentam apenas de uma a três noites de sono de qualidade por semana, o que tem impactos ao longo do dia. Os problemas relatados incluem sonolência excessiva durante o dia (50%), sentimentos negativos pela manhã (40%) e irritabilidade (39%).
O diretor médico da ResMed, Carlos Nunez, ressalta a importância do sono como o terceiro pilar da saúde, ao lado da dieta e do exercício físico. Priorizar o sono é uma das maneiras mais eficazes de melhorar a saúde de forma geral. Ansiedade (36%), insônia (25%), dificuldades respiratórias (15%) e obesidade (13%) foram os principais motivos apontados para as noites mal dormidas.
Impactos da Ansiedade no Sono no Brasil
No Brasil, a ansiedade lidera, com um índice de 60%, enquanto as pressões financeiras vêm em segundo lugar, com 39%. Os brasileiros demonstram preocupação com as dificuldades de sono, já que 38% afirmam ter consultado médicos, mas apenas 10% realizaram testes diagnósticos. É essencial abordar a questão do sono comprometido, pois, apesar de reconhecido como hábito essencial para a saúde, a qualidade global do sono é considerada baixa. Apenas 13% dos participantes afirmam dormir bem todas as noites.
O comportamento antes de dormir pode agravar o problema. Mais da metade dos entrevistados admitiu ficar exposto a telas, sendo que 53% usam redes sociais, 44% assistem TV e 31% leem notícias. A recomendação é que os adultos durmam de sete a nove horas, mas a média global foi de seis a oito horas, com 35% dormindo menos de seis horas.
Consequências da Falta de Sono e Recomendações
A falta de sono é uma epidemia crescente. A inquietação gera déficit de atenção, alterações de humor e memória no curto prazo, e pode levar a alterações metabólicas, ganho de peso e distúrbios cardiovasculares no longo prazo. É fundamental adotar hábitos relaxantes antes de dormir, como leitura, meditação, oração e prática de yoga. Dormir sempre no mesmo horário e desligar dispositivos eletrônicos ao se deitar é essencial para uma boa qualidade de sono.
Quanto à escolha do colchão, é importante considerar o biotipo da pessoa. O Instituto Nacional de Estudos do Repouso desenvolveu uma tabela que calcula a densidade de espuma ideal com base no peso e altura de cada indivíduo. Não há um colchão perfeito, mas recomendações para atender às necessidades específicas de movimento durante o sono.
Fonte: @ Veja Abril
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