Pesquisa Datafolha na capital paulista em março: ladrões, gangue da bike, renda de 5 a 10 salários mínimos, zona leste e oeste, entorno da rua 25 de março, gangue da pedrada.
De acordo com uma pesquisa realizada recentemente, foi constatado que a cidade de São Paulo apresenta um índice preocupante de roubo de celular. Cerca de 30% dos moradores da região já foram vítimas de roubo do seu celular, sendo que 15% sofreram este tipo de crime mais de uma vez. Este cenário reflete a necessidade de medidas mais eficazes para combater a ação dos criminosos.
Entre as situações mais comuns de roubo de aparelho, 18% das vítimas tiveram o seu celular levado por integrantes da gangue da bike, um grupo especializado em furtos rápidos utilizando bicicletas. É fundamental que a população esteja atenta a esses casos e adote medidas de segurança para proteger o seu celular e evitar maiores transtornos.
Ocorrências de Roubo de Celular em São Paulo
Os dados fazem parte de pesquisa Datafolha realizada na capital paulista na primeira semana de março. O levantamento ouviu 1.090 pessoas e apontou também o perfil de quem é alvo dos ladrões de celular com mais frequência. As vítimas mais recorrentes são pessoas entre 25 e 34 anos (51% de quem tem essa faixa etária já foi roubado) e quem tem renda de cinco a dez salários mínimos (41%).
A margem de erro geral é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Morar na região central da cidade é um risco para se tornar alvo desse tipo de crime.
Segundo a pesquisa, os habitantes dessa região relataram mais casos do que os que vivem em outras áreas.Entre os entrevistados que moram no centro, 45% disseram já terem sido roubados; o percentual cai para 38% entre quem vive nas zonas oeste e leste e para 35% entre os habitantes da zona sul.
Vítimas da Gangue da Bike e Zonas de Maior Ocorrência
A zona norte (27%) aparece com menos frequência nos registros de roubos de celular. As vítimas da gangue da bike também estão mais no centro: 26% dos entrevistados que moram na zona central disseram ter tido o celular levado por ladrão em bicicleta.
Já entre os moradores da zona sul o índice cai para 14%. Enquanto a proporção de vítimas de roubo de celular é igual entre os gêneros, no caso da gangue bike a taxa é maior entre mulheres (22%) do que entre homens (14%).
Criminalidade e Valor Movimentado
Os ladrões de bicicleta movimentaram entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões na região central da capital paulista nos últimos quatro anos, segundo investigação da Polícia Civil.
Os acusados de liderar o esquema de receptação foram presos no Brás, na região central, na semana passada. Uma investigação de 2022 encontrou tabelas de preços de acordo com o modelo roubado. Um iPhone 13, por exemplo, que custa a partir de R$ 5.499 na loja virtual da marca Apple, rende R$ 800 ao criminoso.
Atuação dos Ladrões e Locais de Maior Risco
Pontos onde há maior circulação de pedestres, o que aumenta a probabilidade de encontrar pessoas distraídas com o aparelho nas mãos, são os preferidos desses grupos.
As ocorrências acontecem com mais frequência na avenida Paulista, praça da República e ruas do Brás e no entorno da rua 25 de março (ambos pontos de comércio popular), de acordo com dados da Polícia Militar. Os aparelhos são arrancados das mãos de seus donos com frequência também pela chamada gangue da pedrada, que aproveita o congestionamento para quebrar vidros e abordar motoristas e passageiros de carros de aplicativo e táxis.
Relatos de Vítimas e Impactos Financeiros
No início de março, uma vítima de 35 anos que pediu para não ser identificada foi surpreendida por um homem que quebrou o vidro do passageiro no táxi onde estava, em uma rua próxima da praça 14 Bis (no centro), e roubou o aparelho.
No momento do ataque ela avisava sobre sua localização à amiga que ia visitar. A vítima mora nos EUA e estava em São Paulo visitando amigos e parentes. Segundo ela, em questão de 20 minutos suas contas bancárias foram invadidas. Outra mulher perdeu o celular da mesma maneira e no mesmo ponto da cidade algumas semanas antes.
Intenção de Voto e Relação com Roubo de Celular
Entre os entrevistados que avaliaram a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) como ruim ou péssima, 42% disseram terem sido alvo de ladrões de celular. Entre os que consideram ótimo ou bom o governo municipal, o índice cai para 35%.
No contexto das eleições municipais a serem realizadas em outubro, os paulistanos que declararam intenção de voto em Maria Helena (Novo) foram os que mais disseram terem sido alvo dos ladrões de celular: 44%. Na sequência estão os que declararam voto em Kim Kataguiri (União Brasil), com 38%; Guilherme Boulos (PSOL), com 37%; Nunes, com 33%; e Tabata Amaral (PSB), com 28%.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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