Putin ordenou um dos maiores bombardeios com mísseis da Guerra da Ucrânia contra Kiev, utilizando o hipersônico Kinjal e drones suicidas.
Em menos de uma semana após sua reeleição para o quinto mandato, o presidente Vladimir Putin determinou um devastador ataque a Kiev, capital da Ucrânia, durante a Guerra em 2022. O líder russo havia declarado sua intenção de retaliar os ataques ucranianos, principalmente na região sul de seu país. De acordo com relatos das Forças Armadas da Ucrânia, 31 mísseis foram lançados contra a cidade em um ato de extrema violência.
Apesar da intensificação da ofensiva russa, Kiev prometeu resistir firme aos ataques e não ceder à pressão do presidente Putin. A comunidade internacional condenou veementemente a escalada do conflito e pediu por um cessar-fogo imediato para proteger a população civil. A incerteza do futuro na região preocupa cada vez mais observadores e líderes mundiais, que buscam soluções diplomáticas para conter a violência e buscar a paz.
.
Ataque com bombardeios de mísseis atinge cidade da Ucrânia
Desta vez, não houve ondas de drones suicidas os precedendo, o que satura as defesas aéreas, e Kiev disse ter conseguido abater todos eles -inclusive um modelo hipersônico Kinjal. Isso não é aferível, mas houve estragos de toda forma, com ao menos 17 pessoas feridas e muitos danos a edifícios.
O metrô da cidade ficou tomado de cidadãos assustados com as três horas de sirenes de alarme ao longo da madrugada desta quinta (21). Não havia um ataque do tipo na cidade em 44 dias. Se a Ucrânia abateu os mísseis, é presumível que os danos foram causados por seus destroços.
No auge da ação russa, havia ao menos 11 bombardeiros estratégicos Tu-95 e três caças MiG-31K especializados em lançar o Kinjal. Foi uma ação coordenada, com mísseis vindo de diversas regiões, principalmente do mar Cáspio. Foram empregados principalmente mísseis de cruzeiro supersônicos Kh-101/555, além de um Kinjal e um modelo balístico Iskander, que não se via em ação desde a virada do ano.
Além do ataque, os russos anunciaram terem conquistado uma vila no leste da Ucrânia, seu primeiro sucesso desde que conseguiu avançar muitos quilômetros na frente de batalha da região de Donetsk após a queda da estratégica Avdiivka, em fevereiro.
Bombardeiros estratégicos e mísseis de cruzeiro em ação
Do lado ucraniano da ação, houve relatos de novas explosões durante a manhã (madrugada no Brasil) em Belgorodo, no sul da Rússia, sem registro ainda de vítimas ou danos. O recado de Putin em Kiev é múltiplo. Primeiro, a Ucrânia intensificou suas ações contra Belgorodo, matando pessoas quase que diariamente na capital regional homônima.
O Kremlin promete estabelecer algum tipo de zona-tampão dentro do norte do vizinho para proteger os moradores da região, que teve escolas fechadas, sugerindo uma nova frente de ação. Segundo, Zelenski havia ido às redes sociais na véspera falar sobre a necessidade de o Ocidente fornecer mais baterias contra mísseis e drones.
Terceiro, a União Europeia irá discutir nesta quinta um plano para tomar para si parte das reservas russas em países do bloco e repassá-las à Ucrânia, o que o Kremlin denuncia como roubo. Por fim, o emprego maciço do quadrimotor Tu-95, esteio da frota estratégica da Rússia, ocorreu um dia depois de uma de suas principais bases ter sido alvejada por drones de longo alcance ucranianos.
Só que esses aviões não partiram, segundo o monitoramento de Kiev, da atacada Engels-2, e sim de Olenia, no remoto Ártico russo, para disparar do mar Cáspio. ‘Todo dia e toda noite é esse terror. A unidade do mundo pode pará-lo quando nos ajudar com sistemas de defesa aérea. Nós precisamos dessa defesa agora na Ucrânia’, afirmou Zelenski ao comentar os ataques no Telegram.
Ajuda militar e o risco de escalada na região
Ao longo da guerra, o Ocidente forneceu paulatinamente sistemas mais eficazes aos ucranianos, como o americano Patriot. Agora, com as discussões travadas sobre mais ajuda militar a Kiev, no caso dos R$ 300 bilhões propostos pelo governo dos EUA, o ritmo da ajuda está devagar, quase parando. Há um fator extracampo, por assim dizer.
O Ocidente se preocupou quando viu o emprego de baterias provavelmente ocidentais fora do espaço aéreo ucraniano, na Rússia. É um risco de escalada, lembrado sempre que possível por Putin na forma de ameaças nucleares.
Fonte: © TNH1
Comentários sobre este artigo