Neurologista orienta: chorosas crianças despertam, gritam, sintam crispas, vermelhadas, sudorosas, pulseiras aceleras, respirações rápidas. Calme-as no quarto, segure mãos, falamos tranquilamente, rotinas de sono, banhos, histórias. Evite choques, preferências pouco movimentos.
Noites serenas de descanso são fundamentais para o equilíbrio das crianças. Porém, como agir quando os pequenos despertam durante a madrugada, emitindo gritos de terror? Esses são indícios marcantes do terror noturno infantil, uma questão bastante frequente em bebês a partir dos 9 meses e que tende a persistir até os 12 anos de idade. Mas qual a melhor abordagem diante dos episódios de terror noturno? É aconselhável acordar a criança assustada?
O terror noturno é um fenômeno assustador que pode causar grande medo tanto nos pequenos quanto nos pais. Muitas vezes, esses episódios de pavor durante a noite são passageiros e não deixam sequelas em crianças saudáveis. É importante manter a calma e oferecer conforto aos pequenos nesses momentos de aflição. Além disso, é recomendado criar um ambiente tranquilo e seguro para ajudar a reduzir a incidência de terror noturno em crianças.
Explorando os Terrores Noturnos em Crianças
Para compreender melhor os episódios de terror noturno em crianças, é fundamental analisar a explicação da neurologista Rosana Cardoso Alves, especialista em medicina do sono do Fleury Medicina e Saúde. Segundo ela, os terrores noturnos infantis são momentos em que os pequenos despertam em meio a crises de choro, sem qualquer lembrança do que ocorreu. É como se estivessem presos em um pesadelo em tempo real, enquanto os pais se esforçam para acalmá-los.
Durante esses episódios, as crianças podem apresentar intensas manifestações autônomas, como taquicardia, taquipneia, rubor na pele e sudorese. Essas reações físicas são acompanhadas por expressões crispas e chorosas, deixando os pais aterrorizados ao presenciarem seus filhos nesse estado.
A causa exata dos terrores noturnos ainda é um mistério, embora se acredite que esteja relacionada ao desenvolvimento cerebral e a diversos fatores ambientais, orgânicos e genéticos. Apesar de ser assustador testemunhar esses episódios, é reconfortante saber que, na maioria dos casos, não causam danos físicos ou emocionais às crianças.
Como Lidar com os Episódios de Terror Noturno Infantil?
Uma dúvida comum entre os pais é se acordar a criança durante um terror noturno pode piorar a situação. Rosana aconselha que não seja uma prática ideal, pois os episódios costumam ser autolimitados. É preferível não acordar ou movimentar muito a criança, evitando assim que ela desperte assustada.
Ao acordar bruscamente a criança, há o risco de aumentar sua confusão e medo, prolongando o terror noturno. Portanto, é recomendado acalmá-la no próprio quarto, sem despertá-la por completo. Permaneça ao seu lado, segure suas mãos e converse de maneira tranquila e reconfortante, mesmo que ela esteja aterrorizada.
É importante lembrar que a criança não está consciente do que está acontecendo, necessitando do apoio dos pais nesses momentos intensos e inesperados.
Tratamento e Prevenção dos Terrores Noturnos em Crianças
Rosana destaca que algumas medidas podem auxiliar no tratamento e prevenção dos terrores noturnos. Recomenda-se estabelecer rotinas de sono regulares como parte da higiene do sono, contribuindo para evitar esses episódios assustadores.
Criar um ritual relaxante antes de dormir pode fazer toda a diferença, acalmando a criança e preparando-a para uma noite tranquila. Horários consistentes de dormir e acordar são fundamentais para reduzir a incidência de terrores noturnos. Incluir banhos mornos, histórias de ninar e um ambiente calmo e sem telas na rotina pode ser benéfico para garantir noites mais tranquilas e menos aterrorizadas para as crianças.
Ao compreender melhor os terrores noturnos e adotar medidas preventivas, os pais podem contribuir para que seus filhos tenham noites de sono mais serenas e menos perturbadoras.
Fonte: @ Minha Vida
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