Nelson Kaufman retorna à Vivara após 13 anos, mas sua curta passagem como CEO pode ter consequências duradouras.
Após a saída de Nelson Kaufman da presidência da Vivara, a empresa viu suas ações se valorizarem na bolsa de valores. Em apenas dois dias, a valorização foi de 1,91%, mostrando que a mudança na liderança não afetou de forma negativa a confiança dos investidores na Vivara.
A companhia passa por um momento de transição, mas a trajetória construída ao longo dos anos parece estar sendo preservada. A renúncia de Kaufman não abalou a solidez da Vivara, que segue firme em seu propósito de ser referência no mercado de jóias e acessórios de luxo. A nova liderança tem o desafio de manter o legado da companhia e conquistar ainda mais espaço no mercado nacional e internacional.
Revolução na Vivara: ausência de 13 anos e a atrapalhada volta da Kaufman
E caiu 3,44% nesta terça-feira, 26. O tombo desde a atrapalhada volta da Kaufman, o fundador da rede de joalherias, chega a mais de 20%, o que equivale a uma perda de valor de mercado de mais de R$ 1,5 bilhão – a Vivara fechou o pregão avaliada em R$ 5,8 bilhões.
A nova era da Vivara: missão caberá a Otavio Lyra
Um gestor que acompanhou de perto essa ‘novela’, um verdadeiro case daquilo que não deve ser feito do ponto de vista de governança corporativa, resume a ópera-bufa da Vivara. ‘Agora, o mercado quer ver resultado’, diz esse gestor.
‘Os próximos trimestres vão ser decisivos para a Vivara.’ A missão caberá a Otavio Lyra, o CFO da empresa desde o IPO (em 2019), que assumiu o cargo de CEO com a renúncia de Kaufman, que foi para a presidência do conselho.
O desafio de reconstruir a Vivara: escolha óbvia e bagunça deixada por Kaufman
Profissional tarimbado – e que era considerado por pessoas do conselho de administração como a escolha óbvia no caso de não haver um nome de consenso – Lyra terá de começar a limpar a bagunça deixada por Kaufman.
Em seu retorno relâmpago, Kaufman falou de uma expansão internacional que estava em discussão no conselho de administração, mas que era apenas isso, segundo fontes com as quais o NeoFeed conversou. ‘Não havia estudos sobre em que país entrar, nem os tamanhos de mercado e quantas lojas abrir’, diz uma fonte.
Desafios e ações controversas: Vivara em busca da confiança do mercado
No meio desse conturbado retorno, Kaufman ainda teve tempo de comprar mais 2% de ações da Vivara, aumentando sua participação para 27% – uma compra estimada em R$ 90 milhões. Apesar de alegar a pessoas próximas que foi um sinal de que confiava na empresa, a movimentação também não caiu bem e só serviu para afundar ainda mais os papéis da companhia.
A Vivara, que estreou na bolsa em 2019 com sua ação cotada a R$ 24, era uma empresa que vinha performando bem e, em 12 meses, mantém-se no cenário positivo com valorização de mais de 11%. Em 2024, caiu 27,4%. Os dez dias que abalaram a Vivara, tempo que Kaufman ficou como CEO da empresa, devem durar ainda muito tempo.
Rumo ao futuro: a longa jornada da Vivara para recuperar sua posição
Para brilhar de novo e reconquistar a confiança do mercado, o caminho, ao que tudo indica, será longo. Relacionados Ações da Vivara ‘perdem brilho’ após mudança de comando? XP enxerga Ibovespa em 143 mil pontos em 2024, mas vê riscos no cenário externo Na Vivara, a melhor aliança para a ação é de 25 para 1
Fonte: @ NEO FEED
Comentários sobre este artigo