Registrou-se o maior surto de dengue desde 2000, com 2.149 episódios de óbitos. Estimativas de 4,2 milhões de casos, transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, pressionam centros de saúde. Idades entre 10-14 anos predominam, em áreas com +100mil habitatantes. Dominante sorotipo 2 da doença, elevados índices de infecção nos últimos 10 anos. (Maior surto de dengue registrado nos últimos 24 anos, com 4,2 milhões de casos estimados, predominantemente nos 10-14 anos, em áreas densamente populares, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, caracterizadas por índices elevados de infecções nos últimos 10 anos, com a dominância do sorotipo 2 da doença e recordes de óbitos em 2.149 episódios.)
Com o aumento expressivo de casos de dengue no Brasil, ultrapassando a projeção de 4,2 milhões de casos para o ano de 2024, foi confirmado um total de 4.235.302 registros da doença em todo o país. Os dados foram divulgados pelo Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, indicando também 2.149 mortes decorrentes desse grave problema de saúde pública.
Além disso, a situação preocupa pelas vidas perdidas, com 2.271 óbitos ainda em análise, ressaltando a gravidade da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. É crucial intensificar as medidas de prevenção e combate ao mosquito vetor, a fim de conter esse cenário alarmante e proteger a população de futuros surtos.
Pressão nos Centros de Saúde devido ao Maior Surto de Dengue em 24 Anos
Desde o início de fevereiro, o Ministério da Saúde divulgou a preocupante estimativa de que o número de casos de dengue no país pode atingir a marca alarmante de 4,2 milhões até o final de 2024. Essa projeção inédita gera grande apreensão quanto à pressão que poderá incidir sobre os centros de saúde em todo o território nacional. Ethel Maciel, secretária da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, expressou essa preocupação ao mencionar que nunca antes o país havia enfrentado um desafio desse porte em relação às arboviroses, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Impacto do Surto de Dengue na Saúde Pública
Em meio a esse cenário preocupante, o Brasil testemunha números recordes de casos e mortes decorrentes da dengue, superando todas as estatísticas anteriores desde o ano 2000. No decorrer do último ano, foram registrados assustadores 1.658.816 casos da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O recorde anterior remontava a 2015, quando o país enfrentou 1.688.688 notificações. Quanto aos óbitos, 2023 detinha o triste registro de 1.094 mortes, seguido pelo ano de 2022, que contabilizou 1.053 vítimas fatais.
Desafios para o Sistema de Saúde diante da Dengue
Acentuando ainda mais a gravidade da situação, as primeiras semanas de 2024 testemunham uma expressiva elevação nos casos de dengue, em que, em menos de três meses, o número de registros já ultrapassou o total contabilizado ao longo de 2023. Tal cenário impõe uma pressão sem precedentes nos centros de saúde, que precisam lidar com a sobrecarga gerada pelo agravamento do problema de saúde pública.
Campanha de Imunização contra a Dengue: Estratégia de Controle da Epidemia
Para fazer frente a essa crise de saúde, o país iniciou uma campanha de imunização focada, inicialmente, na faixa etária dos 10 aos 14 anos, com a distribuição de doses da vacina contra a dengue. Além do Distrito Federal e do estado de Goiás, outras localidades, como Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins, receberam doses iniciais.
A necessidade de incluir mais municípios no programa de vacinação levou o Ministério da Saúde a redistribuir as doses disponíveis, expandindo a abrangência da imunização para um total de 686 cidades em todo o país. Com a aquisição de todo o estoque disponível de vacinas para os anos de 2024 e 2025, o Brasil tem previsão de receber 5,2 milhões de doses, além de uma doação de 1,3 milhão de doses, o que viabilizará a vacinação de 3,2 milhões de pessoas com o esquema vacinal completo.
Seleção dos Locais Prioritários para a Vacinação
A escolha dos locais prioritários para a vacinação levou em consideração cidades com mais de 100 mil habitantes, que apresentavam alta incidência do sorotipo 2 da dengue e registros expressivos de infecção nas últimas décadas. Esses locais foram identificados como os mais afetados por episódios que requerem internação hospitalar, reforçando a importância de concentrar esforços de imunização nesses pontos críticos.
Abordagem da OMS para a Vacinação contra a Dengue
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a vacinação contra a dengue com foco especial em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em países endêmicos, como é o caso do Brasil. Nesse contexto, a disponibilização da vacina Qdenga, desenvolvida pela empresa japonesa Takeda, representa um avanço significativo na prevenção e controle da propagação das arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Fonte: @ Veja Abril
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