Bolsonaro manifestou ao ministro Moraes que seria “ilógico” sugerir busca e apreensão de seu passaporte, em meio a preocupações com eventual prisão.
O ex-presidente Jair Bolsonaro declarou ontem ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que seria ‘absurdo’ insinuar que ele solicitaria asilo político enquanto esteve hospedado na Embaixada da Hungria, na capital federal, no último mês.
A afirmação do ex-presidente Jair Bolsonaro ao ministro do STF enfatizou que a representação diplomática da Hungria não seria o local apropriado para tal pedido, pois não havia justificativa para tal solicitação durante sua estadia na Embaixada. Ele reiterou seu compromisso com as instituições brasileiras e descartou qualquer intenção de buscar refúgio político naquele contexto.
Defesa de Jair Bolsonaro refuta suspeita de pedido de asilo na Embaixada da Hungria
A representação diplomática do presidente Jair Bolsonaro enviou uma manifestação ao Supremo Tribunal Federal após o ministro dar um prazo de 48 horas para explicar o período em que ficou hospedado na embaixada. Segundo o jornal The New York Times, Bolsonaro teria permanecido entre os dias 12 e 14 de fevereiro deste ano na embaixada da Hungria.
No entanto, dias antes dessa notícia, o passaporte de Bolsonaro foi apreendido por ordem judicial após uma busca e apreensão da Polícia Federal no âmbito de um inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado no país. É importante ressaltar que a área da embaixada é considerada inviolável pelas autoridades brasileiras, o que garantiria uma imunidade temporária ao presidente.
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Os advogados do ex-presidente afirmaram que é ‘ilógico’ considerar que ele pretendia pedir asilo político à embaixada. A defesa destacou que Bolsonaro não tinha preocupação com uma eventual prisão, o que tornaria improvável qualquer tentativa de fuga por meio de asilo diplomático.
Além disso, a manutenção da interlocução com as autoridades húngaras e os constantes elogios públicos trocados entre Bolsonaro e o primeiro-ministro Viktor Orbán evidenciam a boa relação entre os dois líderes.
Investigação sobre a estadia de Bolsonaro na Embaixada da Hungria durante o Carnaval
O jornal americano analisou imagens das câmeras de segurança do local e de satélite, revelando que Bolsonaro chegou à embaixada na tarde do dia 12 e saiu no dia 14. Durante sua estadia, a embaixada estava praticamente vazia, exceto por alguns diplomatas húngaros que residem no local.
A suspeita de que Bolsonaro estaria tentando asilo diplomático foi negada pela defesa, que ressaltou a postura do ex-presidente em relação às investigações. A colaboração e o respeito mútuo entre Bolsonaro e Orbán são evidenciados pelos elogios públicos trocados entre ambos.
Fonte: © Conjur
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