Recomendação agora é subir posição para acima do nível neutro devido ao ambiente benigno, múltiplos descontados e importante reajustes de preços.
O mercado financeiro brasileiro tem sido marcado por movimentações intensas na bolsa brasileira, com investidores atentos às oscilações do índice Bovespa.
Os especialistas recomendam a diversificação da carteira de investimentos, considerando a volatilidade do mercado de ações e da bolsa de valores brasileira.
Posicionamento da instituição financeira na bolsa brasileira
A indicação era para investidores se manterem em nível neutro desde outubro, mas agora a recomendação é subir a posição para um nível acima do neutro (+1, em uma escala que vai até o +3).
A instituição financeira afirma que a correção que observou no início do ano na bolsa brasileira abre uma boa janela de oportunidade de compra de ações.
O banco diz que enxerga um ambiente benigno no exterior, com a expectativa do início de reduções de juros pelo banco central americano (Federal Reserve, o Fed), que deve servir como um impulso para ativos globais de risco. O Itaú ainda acrescenta que vê vários fatores a favor da alta da bolsa brasileira.
Entre eles, o corte de juros locais, o crescimento robusto nos lucros das empresas brasileiras à frente, múltiplos (a relação entre o preço e o lucro de uma companhia) muito descontados em comparação ao histórico médio e aos pares emergentes e o posicionamento muito leve dos investidores brasileiros em ações, que deve aumentar à medida que a taxa Selic atingir menores níveis.
A instituição financeira continua achando atrativa a renda fixa, principalmente os papéis que acompanham a inflação, porque eles preservam o poder de compra. O banco continua neutro em títulos prefixados e acima do neutro em papéis que acompanham a inflação.
Expectativas para a bolsa brasileira e ciclos de redução de juros
‘Na renda fixa, os preços atuais embutem uma Selic ao final do ciclo de redução de juros próximo a 9,5%.
Entretanto, ao analisarmos a conjuntura macroeconômica, ainda vemos maior chance de surpresa para baixo do que para cima deste patamar‘, afirma a instituição no relatório produzido pelo seu comitê de decisões de investimentos, liderado por Nicholas McCarthy.
‘Em primeiro lugar, é fato que a inflação tem decepcionado um pouco nas últimas leituras, em especial na parte de serviços. Contudo, existe uma forte concentração de importantes reajustes de preços nos primeiros meses do ano, que tendem a perder força nos meses seguintes‘, diz.
Na análise do banco, em relação ao adiamento do corte de juros nos Estados Unidos, considerando o horizonte de médio prazo, pouco importará se o começo da queda vier com atraso de apenas alguns meses.
‘Inclusive, caso nossa visão de que a economia americana apresentará um quadro de pouso suave ou leve recessão se confirme, é possível que o dólar entre em uma trajetória de desvalorização mais clara, que poderá reverberar por aqui em um real mais valorizado, ajudando uma queda da Selic mais intensa‘, avalia.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo