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Da janela da Cúria Metropolitana, sede administrativa da Arquidiocese de Porto Alegre (RS), o arcebispo dom Jaime Spengler observa as chuvas voltarem a cair com intensidade sobre a capital gaúcha.
Enquanto as chuvas persistem lá fora, o arcebispo reflete sobre o tempo de renovação espiritual que as águas trazem consigo, afastando qualquer vestígio de mal-andro que possa rondar a cidade. casa da mulher brasileira
Chuvas intensas trazem tragédia e solidariedade
‘Teremos dias ainda muito desafiadores pela frente’, comentou o líder religioso católico em uma declaração recente, quando os efeitos adversos das chuvas já haviam ceifado ao menos 116 vidas e deixado 70.772 pessoas desabrigadas em todo o estado. No momento em que esta entrevista está sendo divulgada, os números oficiais já aumentaram para 143 e 81.170, respectivamente. A magnitude da tragédia levou o papa Francisco a entrar em contato com dom Jaime, às 11h37 do último sábado. ‘Manifesto minha solidariedade a todos que estão enfrentando essa catástrofe. Estou ao lado de vocês e oro por vocês’, expressou Francisco durante a ligação, conforme comunicado da CNBB. Como arcebispo metropolitano de Porto Alegre, dom Jaime supervisiona 158 paróquias espalhadas por 29 cidades gaúchas, incluindo aquelas mais duramente atingidas pelos impactos das chuvas, como Canoas e Eldorado do Sul. Com 63 anos de idade, o arcebispo também lidera a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam). Com o Rio Grande do Sul já em estado de calamidade pública, a entidade que reúne bispos da América Latina e Caribe emitiu uma nota de solidariedade à população. E insta as pessoas a, diante da ‘situação dramática’, converter a solidariedade ‘em ações para ouvir os gritos da Terra manifestados nestes fenômenos climáticos’. ‘Há tempos os cientistas têm nos alertado sobre a importância de prestar atenção especial ao planeta, à nossa casa comum‘, destacou dom Jaime ao abordar o apelo. Em uma entrevista à Agência Brasil, o arcebispo ressaltou que muitas das cidades atualmente afetadas já tinham sido impactadas por chuvas extremas ao longo do último ano no estado – somente em setembro de 2023, quando um ciclone extratropical atingiu parte do território gaúcho, 54 pessoas perderam a vida. ‘Estamos testemunhando com maior frequência a ocorrência desse tipo de fenômeno [climático adverso]. Sem dúvida, o que está ocorrendo aqui no Rio Grande do Sul e suas proporções alertam para a necessidade de ações imediatas para enfrentarmos as mudanças climáticas. Infelizmente, ainda há quem negue o aquecimento global e a urgência desse problema’, lamentou o arcebispo, cujo brasão arquiepiscopal faz referência a dois importantes corpos d’água da região sul: o Guaíba, cujas águas transbordaram, inundando parte da região metropolitana de Porto Alegre, e o rio Itajaí-Açu, que atravessa a cidade natal de dom Jaime, Gaspar (SC), e que também tem um histórico de enchentes recorrentes, causando mortes e danos materiais. Ao longo das últimas décadas, a Igreja Católica tem enfatizado a crise climática aos seus fiéis. Em uma carta apostólica de 1971, o Papa Paulo VI instou os cristãos a assumirem a responsabilidade de enfrentar as ameaças ao meio ambiente.
Fonte: @ Agencia Brasil
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